#ㅤ⚊ㅤㅤㅤ🔮ㅤ ͏͏͏ㅤ ͏͏͏𝘂𝗻𝗱𝗲𝗿𝗐𝖺𝗍𝖾𝗋ㅤ 𝗐𝗂𝗍𝖼𝗁ㅤㅤㅤ་ㅤㅤㅤ𝗍𝗁𝗋𝖾𝖺𝖽.
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🔮ㅤatravés de um desejo, @princesarejeitada escolheu:ㅤi'm afraid it's about to get much worse.
ㅤO sorriso malicioso surgiu nos lábios da bruxa, que não conteve uma risada estrondosa. Certamente, Valentina era seu mais novo "projeto" de estudo. Sua história a cativava, e ainda que na superfície não pudesse agir conforme seus reais costumes, Úrsula encontraria uma maneira de interceder pelos outros. Se não fosse diretamente, ela observaria o caos se instaurar e, à distância, aplaudiria. Um pouco de diversão não faria mal, certo? Se ninguém soubesse de seus planos, escaparia ilesa, sem maiores complicações. Com delicadeza, ela acariciou a bochecha da perdida, deixando sua mão repousar no rosto da jovem. ⸻ Não tema, criança. — Seus olhos fixaram-se nos dela. Precisava demonstrar confiança, inundar Valentina de otimismo e afastar qualquer temor que a assombrava. Seus planos não poderiam ser arruinados tão facilmente. ⸻ Está fazendo o que pedi? Meditando, tomando aquele chá e, o mais importante, usando a pedra que te dei? — O primeiro exercício? Apenas uma distração. O chá? Um placebo. A pedra? O elemento crucial para mantê-la sob seu controle. Quando tais pensamentos lhe ocorriam durante noites esparsas, Úrsula se dedicava a torná-los um hábito recorrente. Princesas eram, para ela, uma via de mão dupla: facilitavam seus negócios, ao mesmo tempo que exigiam sua maior atenção. Se não podia atormentar suas pequenas 'peixinhas', que as outras servissem de intermediárias. ⸻ É essencial que use a pedra até mesmo ao dormir. Você sabe o quanto me preocupo com o seu bem-estar. — Ela considerou abraçá-la para reforçar suas palavras e, por fim, passou um braço pelas costas da jovem, puxando-a para um desajeitado abraço lateral. ⸻ Precisa se livrar dessas preocupações, minha querida. Sabe o quanto afligem o meu coração.
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ㅤÚrsula fingiu ofensa ao tom com que lhe haviam falado, mas, no fundo, se divertia com o desconforto que causara tão repentinamente. Era fato que sua obsessão não se limitava a Ariel. Eric também era uma de suas presas favoritas, alguém por quem nutria um interesse gigantesco. Antes, o considerava tedioso: um príncipe sem muito a oferecer. Contudo, através dele, quase alcançara seus objetivos no passado. Desde o casamento da sobrinha, atormentá-los em conjunto havia se tornado um esporte que praticava sempre que possível. Se atingisse Ariel, Eric sofria as consequências. Se fosse Eric o alvo, Ariel também sentia o impacto. Definitivamente, era como caçar dois coelhos de uma só vez. ⸻ Meu amor, também fico muito feliz em vê-lo tão bem e tão belo como sempre. — Se tivesse concluído seus planos, livrando-se de Ariel e casado com Eric quando ainda era a misteriosa Vanessa, teria se desfeito do príncipe também? Ou o manteria sob o efeito de sua magia? As opções a intrigavam. Uma pena nunca saber como teria sido. Ao abrir a pequena bolsa que trazia consigo, Úrsula retirou um refinado cigarro e um isqueiro luxuoso. Levando o cigarro aos lábios, acendeu-o com elegância. Segundos depois, tragou profundamente, soltando a fumaça deliberadamente na direção de Eric, sem se importar se o incomodava. Talvez até buscasse provocá-lo com essa ousadia. ⸻ Meu amor, você sabia que é a minha pessoa favorita? — Aproximou-se, e sua mão livre pousou rapidamente no antebraço do homem, segurando-o de maneira quase possessiva. ⸻ Senti tanto a sua falta. E antes que diga algo, sei que também sentiu a minha. Mas me diga, como vai nossa peixinha? Ela não vai nos interromper agora, certo? Quero aproveitar mais um tempo a sós com você.
Quem: @itseawitch Onde: Pub The Mist - Lado de fora
Quando a esposa estava com as irmãs ou com o pai em um momento mais familiar só deles, Eric costumava aproveitar para sair com os velhos e novos amigos que havia encontrado pelo Reino dos Perdidos. Depois de uma ou outra bebida, saiu do lado de fora para fumar, um péssimo vício que havia adquirido nos últimos anos e tentava parar sem muito sucesso. O príncipe não evitava ninguém, mas também não era como se estivesse ativamente buscando se encontrar com Úrsula desde que haviam parado ali, nada de bom vinha com ela e Eric buscava apenas manter a esposa em segurança e longe da tia maluca dela. Então, quando viu a mulher se aproximando de si o revirar de olhos foi instantâneo. ❝O que você quer?❞ Foi tudo que perguntou de forma ríspida, ela não merecia sua simpatia e ele não fazia questão alguma de esconder sua desconfiança. ❝Não achou nenhuma pobre alma pra roubar do lado de dentro?❞
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🔮ㅤatravés de um desejo, @allburnin escolheu:ㅤi'm just getting started.
ㅤUma boa competição; era disso que Úrsula mais gostava. Seus dedos encontraram o braço de Victoria, como se precisassem impedi-la de agir antes de receber mais instruções. ⸻ Mas vamos com calma, querida, — sussurrou, aproveitando a proximidade para usar um tom de voz quase íntimo. Ainda não havia passado do meio-dia. Não podiam exagerar nas doses ou acabar dando um show quando finalmente estivessem alcoolizadas. Na verdade, a bruxa preferia realizar a competição em um local mais reservado. ⸻ Não sou adepta de certas coisas, mas precisamos nos organizar primeiro. — Deixando a luxuosa carteira de mão sobre o balcão do pub, Úrsula lançou um olhar ao redor, procurando qualquer sinal de que estavam sendo observadas. Embora fosse cedo, ela podia se dar ao luxo de estar ali. A Soul Stones estava em boas mãos, e caso houvesse algum problema, como ela havia instruído rigorosamente, seria procurada imediatamente. Úrsula não costumava confiar em ninguém, mas sabia que podia fazer isso sem qualquer hesitação quando se tratava de seus funcionários. Caso contrário, o destino deles seria tudo menos agradável — presos eternamente em algum canto escuro que ela escolheria com precisão. ⸻ Perdida, você não tem limites, não é? — Ao dizer isso, Úrsula virou o primeiro shot. O gosto amargo e quente desceu pela garganta da bruxa, e sua expressão de desgosto suavizou-se lentamente. A mistura que ela havia pedido minutos antes definitivamente não seria repetida. ⸻ Sua vez, querida. Mostre-me se sua eloquência é suficiente para engolir isso que você também pediu.
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🔮ㅤatravés de um desejo, @erikxphantom escolheu:ㅤyou've been elusive this whole time.
ㅤRindo, Úrsula fez um breve gesto com a mão, sinalizando para que Erik parasse. O contexto do diálogo entre os dois se dissipou, revelando um tom cômico que apenas ela havia percebido. Talvez estivesse excessivamente alegre naquele dia, acordado de bom humor e disposta a desempenhar perfeitamente o papel a que se propunha. ⸻ Estou sendo evasiva demais para você, querido? — Com passos curtos, a bruxa se aproximou do homem, pousando a mão gentilmente em seu peito. Como ele era mais alto, ela precisou erguer a cabeça para encará-lo diretamente nos olhos. Por um momento, sentiu-se tentada a tocar a superfície lisa da máscara que ele usava, mas conteve-se, percebendo que seria um gesto invasivo. Se tivesse sorte, poderia demonstrar esse tipo de ousadia mais tarde. ⸻ Mas o que o traz à Soul Stones? — Um novo acordo, talvez? Ou estaria apenas de passagem? De tempos em tempos, ela olhava para as paredes, buscando nelas algum sinal das verdadeiras intenções dele. Sem uma resposta concreta, decidiu recorrer ao método tradicional: a conversa. ⸻ O que posso oferecer a você? —Rompendo o leve contato, Úrsula se dirigiu aos luxuosos e bem polidos balcões onde suas joias estavam expostas. ⸻ Para um homem como você, posso pensar em algo simples, mas ainda assim refinado. Algo que combine com suas roupas escuras... e com a beleza única que você possui e que tanto agrada meus olhos. — Não era típico, mas não havia mal em começar a flertar, dependendo da pessoa, é claro. Para os mais doces e dotados de uma alegria que a irritava, o tratamento era outro. Mas para aqueles que exalavam mistério... a bruxa sentia a necessidade de, ao menos, tentar. Não via grandes problemas nisso. Pelo menos, era o que acreditava. ⸻ Aproxime-se, por favor. E não haverá evasões ou mudanças de rumo por minha parte. Faço questão de atendê-lo!
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🔮ㅤmais um dia normal em um cômodo privativo em Soul Stones com @svfiawitch.
ㅤ⸻ NÃO! — exclamou, as mãos indo aos cabelos perfeitamente arrumados, como se precisasse organizá-los. Não era comum estar tão estressada, mas aquele dia em especial parecia estar totalmente fora de harmonia. Era evidente que Sofia não tinha culpa, mas, por azar, havia encontrado a bruxa em um péssimo dia. Úrsula também precisava admitir que não era mais uma ótima mestra. Não como antes. Sua mente estava mais distraída, mais mundana, embora ainda maligna. Fora de seus domínios, sentia-se um pouco mais propensa a se distrair, distante dos focos que outrora guiavam sua vida: aterrorizar o Rei Tritão e sua família de peixinhos. Bufando, ela se jogou em uma poltrona não muito distante de sua aprendiz. Em uma das mãos, segurava uma pedra preciosa, mas desencantada. ⸻ Preciso que você tente novamente e que faça um pacto com este objeto. — Sinalizou a pedra mais uma vez, apontando para o objetivo. Suas preciosidades eram encantadas por ela mesma, mas, se queria expandir seus negócios, precisaria de ajuda. Sofia poderia desempenhar essa função, pois demonstrava potencial. Mas antes de confiar plenamente em seus futuros serviços, Úrsula usava aquele teste para avaliar os limites da jovem. ⸻ Página trezentos e trinta e oito, feitiço do amor. Quero que você canalize magia aqui, suficiente para fazer um abobalhado se apaixonar por outra pessoa. Claro, usando isto. — Estendeu o braço, deixando o objeto brilhoso em evidência na palma da mão, indicando que Sofia o pegasse. ⸻ É algo simples e que você já deveria dominar, como recomendei dias atrás. Não tem estudado como pedi? Você sabe que não temos tempo a perder, querida. E eu detesto ter que lembrá-la de tudo mais uma vez. — Sua expressão era severa, mas dificilmente causaria efeito na loira; era um hábito, e todos que frequentavam seu espaço já deveriam estar acostumados. ⸻ De novo. Você não sairá daqui até fazer isso funcionar!
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🔮ㅤatravés de um desejo, @horrorwrcter escolheu:ㅤi never planned on telling you the truth.
ㅤ⸻ Nunca planejam... — murmurou Úrsula, soltando um suspiro. Em todos os seus anos de vida, ela havia aprendido que a mentira era sempre uma escapatória, e sendo alguém tão habilidosa nessa arte, captava facilmente quando algo era planejado e orquestrado por outros. Nada escapava ou passava ileso. Úrsula era astuta demais para não se apegar aos mínimos detalhes. Virando-se lentamente, ofereceu um sorriso meigo e amigável. Em outros tempos, teria sido mais incisiva e afoita. Manipularia a mais nova até conseguir o que queria e, por fim, concluiria uma troca. Contudo, para manter a boa fachada e a reputação de seus negócios, Úrsula precisava ser... boa. Ou fingir ser boa. Neste último aspecto, ela era uma mestre. ⸻ Não se preocupe com mais nada! — cantarolou, abrindo os braços como se fosse abraçá-la. Contudo, conteve-se antes de demonstrar simpatia em excesso. Pequenos passos, ou assustaria a todos com mudanças muito drásticas. ⸻ Se sentir confortável, pode compartilhar, o que quer que seja. — Seus olhos se estreitaram, mas ainda assim combinavam com o sorriso largo que crescia um pouco mais em seus lábios pintados de vermelho vivo. ⸻ Quem nunca mentiu na vida, certo? — tentou confortá-la. Talvez, com paciência, pudesse barganhar uma troca. Wendy parecia propensa, ou ao menos dava sinais. Fazia tanto tempo que Úrsula não praticava nada do tipo... ⸻ Não quer se sentar? Por favor, sinta-se em casa! — apontou para um par de cadeiras confortáveis e luxuosas logo ao lado, dirigindo-se até lá e sentando-se primeiro. Cruzando as pernas, Úrsula adotou uma postura mais descontraída, criando uma atmosfera favorável para si. ⸻ Deseja alguma coisa? Chá, biscoitos? Posso providenciar isso para você.
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🔮ㅤatravés de um desejo, @rainhalouca escolheu:ㅤ i'm a little drunk.
ㅤ⸻ E isso é problema meu? — disse Úrsula em um tom calmo, revirando os olhos enquanto tentava manter a compostura. Ela precisava se lembrar de seguir as formalidades; afinal, não estava mais em seus domínios. Como já suspeitava, ninguém ali aceitaria o tom mais áspero ao qual estava acostumada. Por fim, ela tocou levemente no ombro de Iracebeth, fingindo um falso consolo, com tapinhas que julgou apropriados para a situação. ⸻ Em plena luz do dia, e a senhorita já está assim... — comentou, revirando os olhos novamente enquanto levava o cigarro aos lábios, tragando a fumaça e a soltando para cima, sem se preocupar se isso incomodaria a outra. ⸻ O que você acha que devo fazer em uma situação dessas? Sair contigo pendurada no meu pescoço como uma boa samaritana? Olhe só esses sapatos! — apontou para os próprios pés, exibindo os calçados perfeitamente lustrados, tão elegantes que exigiam um equilíbrio impecável para se manter em pé. Nesse aspecto, Úrsula era extremamente habilidosa. ⸻ Recomponha-se, querida rainha louca! Ou então... — hesitou por um instante. Não podia se dar ao luxo de fazer ameaças. A bruxa endireitou a postura e até sorriu para um alegre morador que passou saltitando por elas. ⸻ Vamos, ajude-me a ajudá-la. Não me faça passar vergonha!
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🔮ㅤuma visita de última hora a @wickedlyrefined em Elysian Agency.
ㅤEntão era ali que os desejos de noivas se realizavam? Úrsula adentrou o recinto, desviando de corpos animados — noivas radiantes, com sorrisos largos nos lábios, suspirando de entusiasmo com o próximo passo: a conexão matrimonial que, para a bruxa, era fútil e completamente dispensável. Sua expressão era fechada. Aqueles que se atreveram a atendê-la se afastaram rapidamente ao perceber o mau humor que a envolvia. Contudo, ao avistar a cabeleira ruiva tão familiar, ela acelerou o passo, os saltos finos ecoando pelo ambiente, audíveis a todos presentes. Que espetáculo insuportável, pensou. Os outros serviços oferecidos no local eram conhecidos por Úrsula. Seu objetivo principal era buscar a orientação que a mulher ruiva havia mencionado anteriormente, convencendo-a — de alguma forma — de que aquilo seria essencial para alavancar ainda mais seus negócios no mundo das joias. No entanto, talvez tivesse escolhido um momento menos oportuno. A alegria que dominava o espaço a sufocava. Poderia parecer inveja, mas não se engane: a bruxa dos mares desprezava qualquer sentimento desse tipo. ⸻ Podemos ir para um lugar mais vazio, de preferência só para nós duas? — Uma mão repousava na cintura, enquanto a outra gesticulava com desdém. ⸻ Como podem estar tão animadas para viver o 'felizes para sempre' com algum imprestável que logo se tornará feio, gordo e inútil? — Embora irritada, não tinha intenção de dizer essas palavras em voz alta. Ela percebeu alguns olhares recaindo sobre si. Para amenizar a situação, sorriu, um pouco constrangida, embora isso não durasse mais que alguns segundos. ⸻ Tire-me daqui, Tremaine! — sussurrou entre os dentes. ⸻ Rápido!
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🔮ㅤum dia qualquer de vários puxões de orelha em Soul Stones com @drizclla.
ㅤ⸻ Se eu descobrir o que está acontecendo com as minhas pedras e quem está por trás disso... — esbravejou a plenos pulmões, saindo do escritório com passos pesados e rápidos em direção à sala de produção, onde a verdadeira magia e a criação de suas peças preciosas aconteciam. ⸻ Vou transformar essa pessoa numa ratazana! E estará fadada a viver nos esgotos, se alimentando de restos, correndo o risco de ser exterminada como qualquer outra criatura nojenta e inútil que vagueia pela superfície! — No espaço, apenas Drizella se encontrava presente. Onde estavam os outros? Teriam evaporado com seus gritos? Embora a irritação fosse genuína, a bruxa dos mares já tinha uma suspeita sobre o sumiço de algumas pedras. Em pequenas quantidades e momentos esporádicos, não havia dado muita importância. No entanto, uma pedra de valor inestimável havia desaparecido. Ela se lembrava claramente de tê-la deixado — talvez de forma proposital — junto a outras que seriam examinadas por seus especialistas antes de ganharem espaço nas vitrines da loja. A jovem Tremaine, por outro lado, agia de forma suspeita. Não era a primeira vez que algo do tipo era mencionado, e sempre que seus empregados começavam a investigar, a ruiva mudava de comportamento. Suspeita demais, mas ainda distante para ser diretamente acusada. Como de costume, Úrsula se aproximou de sua ourives, sua mão alcançando a da habilidosa jovem, que no momento trabalhava na confecção de uma nova pulseira. O toque, que deveria ser gentil, aplicou uma pressão maior do que o necessário. Talvez, naquele dia, ela conseguisse uma resposta. Caso contrário, a pedra precisaria reaparecer em suas mãos. ⸻ Você sabe de algo, minha pequena Drizella? Era uma pedrinha pequenina, esverdeada. Continha muita magia e seria uma armadilha para uma idiota que encomendou um anel. Não a viu por aí, sendo, quem sabe, furtada por alguém?
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🔮ㅤ"admirando" o chafariz dos desejos com @sereiaadella.
ㅤA presença de Adella foi notada a metros de distância, mas, mesmo assim, Úrsula manteve-se de costas, com um pequeno sorriso malicioso nos lábios. Desde o "pequeno" furto revelado como obra da sereia, a bruxa vinha minando, com cautela, a possibilidade de causar mais uma dor de cabeça a Tritão. Quando Adella parou ao seu lado, Úrsula se virou, acenou brevemente e voltou sua atenção ao fluxo de água mais adiante. Por que alguém iria querer realizar desejos ali, quando poderiam recorrer a ela, por um preço, sem qualquer obstáculo? Ela ainda era tão assustadora assim? Úrsula sempre foi justa em seus acordos... O que a lembrava que a princesa também lhe devia algo... ⸻ Como posso ajudá-la, minha peixinha? — Úrsula levou uma das mãos ao rosto, retirando lentamente os óculos escuros para poder encará-la melhor. ⸻ O dia está divino hoje, hm? — Ela precisava se conter. Com Ariel, fora a voz em troca de pernas. O que a outra poderia oferecer? Seria necessário um pouco mais de atenção. Como princesa, Adella sempre teria algo valioso para negociar. No estado atual, Úrsula não precisava de muito; estava alta, esbelta, e, com um simples estalar de dedos, conseguiria o que desejasse. Talvez agisse por birra. Irritar o irmão mais uma vez sempre fora um de seus passatempos favoritos. ⸻ Não quero parecer uma pedinte, mas gostaria de lembrá-la que há algo que me pertence... ou pertencia. — Úrsula suspirou exasperada ao notar que um perdido realizava algum tipo de pedido jogando uma simples moedinha. Que insulto! Ela estava logo ali! ⸻ O seu papai, o meu caro irmão, sabe disso? — Desviando o olhar para Adella, Úrsula retomou uma expressão calma e amigável, tentando não assustá-la. ⸻ Se com a sua irmãzinha ele quase arrancou os cabelos, o que seria se soubesse que você anda amaldiçoando ex-namorados por aí? E usando a minha magia? Tsc! — Uma breve risada escapou de seus lábios. Se a confirmação viesse, Úrsula teria um bom motivo para jogar algo na cara do irmão mais velho futuramente. ⸻ E eu preciso de um pagamento. Magia minha não é de graça. Não aprendeu isso com a peixinha? Tsc, Tsc, Adella. Que feio!
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🔮ㅤatravés de um desejo, @girassoldemorango escolheu:ㅤwhy are you so good to me?
ㅤEncenação. Úrsula precisava demonstrar bons modos, e, para construir uma boa reputação, as princesas eram seu principal alvo. Ela as considerava tagarelas, o que poderia ser um excelente meio de espalhar seus feitos entre as pessoas. ⸻ Como eu poderia não ser boa com você, querida? — O sorriso travesso, mas ainda assim amigável, era marca registrada da bruxa. Mesmo quando não estava no humor para isso, ela conseguia exibi-lo sem esforço. Agarrando-se delicadamente ao braço da outra, Úrsula iniciou uma lenta caminhada, encorajando-a a fazer o mesmo. Não tinha um objetivo específico, mas como não havia nada melhor a fazer, talvez extrair alguns detalhes alheios fosse uma ótima distração para sua mente. Com sorte, poderia até fechar um negócio. Ainda que suas intenções remetessem a seus antigos hábitos, seria maravilhoso ter uma princesa em sua clientela. ⸻ Você também foi muito boa comigo. Se não fosse pelo seu chamado, eu teria caído no chão. Seria a cena do ano e eu me tornaria chacota por muito tempo. — De fato, ela havia sido poupada de um grande constrangimento. Embora habilidosa com saltos altos, Úrsula não podia prever tudo que acontecia ao seu redor, como o chão molhado à sua frente, que poderia facilmente causar um escorregão. Ela agradeceu e continuaria agradecendo. Aquela havia sido uma gentileza e tanto. ⸻ Gostaria de tomar sorvete comigo? Está tão quente! — Com a mão livre, abanou o rosto. ⸻ Acho que precisamos de algo para nos refrescar. A menos que precise me deixar agora... Você seria uma ótima companhia, querida.
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🔮ㅤ através de um desejo, @arieltritcn escolheu: ㅤknew you couldn't do it.
ㅤ Os olhos se estreitaram, e o pescoço girou lentamente em direção à dona daquela voz tão perfeitamente reconhecível. O cigarro, preso entre os dedos, foi apertado com força enquanto Úrsula contava até dez para evitar agir de maneira ríspida. Estavam cercadas por outros mortais, e dar um show de vilania não estava em seus planos. Ainda. ⸻ O que disse, minha peixinha? — A voz saiu melodiosa, quase como uma canção. ⸻ Eu não compreendi da primeira vez. Poderia fazer o favor de repetir? — Aproximando-se lentamente, a bruxa batia os saltos contra o chão liso. Embora a ameaça não fosse evidente, Úrsula recorria a outros artifícios para emanar sua energia e deixar claras suas intenções, que adoraria pôr em prática através de gestos breves, porém sutis. ⸻ Ariel, Ariel, Ariel... É claro que eu não poderia fazer isso sozinha, — disse baixinho, inclinando-se para frente, alinhando suas cabeças. ⸻ Sou apenas uma jovem mulher e não um traste com a força de mil homens... — Ousada, levou a mão ao rosto da princesa. Em vez dos dedos, escolheu usar as unhas, deslizando levemente pela pele delicada da bochecha da outra. ⸻ Essas caixas receberão sua devida destinação. Não se preocupe, peixinha. Está tudo sob controle. — A mão que estava no rosto moveu-se para os cabelos. Anos e anos poderiam passar, mas a inveja que sentia da jovem continuava a ser uma presença constante sempre que seus olhos se fixavam na mais nova. ⸻ E você, está bem? Onde está o seu papai? Aquele mald- Digo, o querido continua a impedi-lá, como sempre fazia antes?
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ㅤ⸻ Você seria uma ótima aquisição para minha loja. — Úrsula rosnou? A bruxa riu, levando uma mão à boca em seguida. Fingiu um momento de vergonha, mesmo sabendo que a outra jamais perceberia tal disfarce. Victoria — ou melhor, sua mais nova perdida favorita — exalava uma energia diferente. Assim como Sofia, era inteligente o bastante para não ser tola ou ingênua demais diante das realidades da vida. Isso excitava Úrsula, e, embora não estivesse completamente entorpecida pelo álcool, não conseguia rotular essa emoção com precisão. ⸻ Uma pena que decidiu seguir o caminho da ciência. Embora mova algumas engrenagens por aqui, é... tão chato. Magia, isso sim, é deliciosamente maravilhosa. Podemos fazer tantas coisas. Basta um estalar de dedos, e eu teria todos os resultados que você levaria dias, meses, até anos para alcançar. — Claro, Úrsula não perderia tempo se exibindo apenas para inflar o próprio ego. ⸻ Em que outros aspectos você também é boa? — Lentamente, ela se inclinou um pouco mais na direção de Victoria, demonstrando um genuíno interesse. Talvez estivesse flertando, talvez não. Caberia a Victoria decidir, inconscientemente, os próximos passos daquela conversa. Era o jogo favorito de Úrsula, e sem dúvida, ela estava se divertindo bastante. Sair naquela noite em busca de uma distração tinha sido, definitivamente, uma boa decisão. ⸻ Não que eu não suporte bebidas, mas meu gosto é mais refinado. Isso aqui — apontou para o copo vazio, gesticulando com desdém. ⸻ Medíocre demais para mim. Quem em sã consciência mistura tantas bebidas sem nenhum critério? — Retomando uma postura ereta, Úrsula deixou os olhos rolarem, dando de ombros como se já soubesse a resposta. Com um sutil movimento dos dedos, chamou o barman e indicou a bebida que apreciava e que, provavelmente, agradaria a Victoria. ⸻ Deixe-me apresentar alguns dos pequenos prazeres da vida. — Duas taças de um líquido rubro, vermelho como sangue, foram dispostas à frente das duas. Com um gesto rápido, Úrsula empurrou uma na direção da morena, enquanto pegava a outra, cheirando o conteúdo antes de tomar o primeiro gole. ⸻ Sem dúvida, o mágico é melhor, mas este serve por ora.
Envolver-se em jogos de bebidas com vilões não deveria parecer uma boa ideia para as pessoas, mas era para Victoria. Acostumada com álcool, era fácil se estabelecer entre copos e palavras sem perder a compostura, aproveitando a informalidade que drinks ofereciam para conhecer melhor aqueles que poderiam auxiliar de alguma forma. O querida no ouvido de Vicky soou agradável, tanto quanto a visão da carteira de Úrsula. Tudo na mulher gritava dinheiro e elegância, fazendo com que a perdida pensasse que talvez a vilania valesse a pena. "Não é a primeira vez que dizem isso." Respondeu com um sorriso, curvando-se minimamente na direção de Úrsula. "Mas você está certa: não tenho limites. Acho que nem mesmo gosto dessa palavra." Limites para quê? Em sua amada ciência, tratava-se de um conceito importante e estudado, mas a vivência fazia com que Vicky não se prendesse a limites. "Claro que é o suficiente. Sou ótima em falar, em engolir, em muitas coisas." Proferiu, tomando o drink nas mãos. As cores fortes enchiam os olhos de Victoria, assim como o valor. Não tinha muito dinheiro, mas valia gastar o que possuía se significasse aproveitar um pouco da companhia de Ursula. Desejava transitar entre os vilões, visto o sumiço de Merlin e a pouca habilidade dos outros em mostrar e guiar um caminho que fosse realmente útil. Levou o copo até os lábios, virando direto, deixando que o líquido ardesse em sua garganta. "Está bom para você? Eu sou muito boa com bebidas." E desconfiava que seu novo poder tinha uma boa função em impedi-la de ficar bêbada. "Se eu não tivesse conseguido os empregos que consegui, talvez me candidatasse a alguma vaga em um lugar assim: cheio de álcool e pessoas interessantes." As últimas palavras foram pronunciadas olhando diretamente para Ursula, deixando claro que considerava ela como parte do grupo de pessoas interessantes.
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ㅤPara atingir seus objetivos, Úrsula precisava agir completamente fora do padrão. Embora sua carranca, tão conhecida, pudesse sugerir outra história, a bruxa aproximou-se um pouco mais, agora com ambas as mãos no rosto da outra. Não se considerava uma pessoa afetuosa. Demonstrava carinho apenas em situações específicas, quando o prazer mútuo estava em jogo. Mas ali, ela precisava pensar e agir de forma diferente. Precisava ganhar terreno, confiança, mostrar que não era o monstro que todos comentavam, mas também que, ao mesmo tempo, era exatamente aquilo. Úrsula sempre agia em prol dos seus próprios interesses. Se fosse completamente sincera, admitiria que suas palavras anteriores não passavam de uma mentira bem contada. Ela não se importava tanto assim com o que Valentina estava sentindo. Ainda assim, a mulher atuou. Branca de Neve jamais havia passado por seus pensamentos vis. Mas se a Rainha Má falhara em seus planos, então ela, a verdadeira herdeira dos mares, cumpriria o que era necessário. Era tão divertido perturbar princesas! Reais ou fabricadas, o efeito sempre era o mesmo. ⸻Minha querida, vai ficar tudo bem. — Inclinando-se para frente, após calcular meticulosamente seus movimentos, Úrsula depositou um beijo na testa da outra, aproveitando a diferença de altura proporcionada por seus saltos altíssimos. ⸻ Eu a entendo completamente. Por isso me ofereci para ajudar. Vamos acabar juntas com esses pensamentos terríveis. — Sua voz era melodiosa, quase como se estivesse cantando. Seus olhos assumiram um tom de inocência que, para quem não a conhecesse, jamais a associariam à bruxa que tentou interferir no destino de Ariel. ⸻ Talvez, sim, você tivesse mais sorte e paz como uma tartaruga. Mas, por favor, você é uma princesa. Não é excitante? Mesmo rejeitada, você ainda possui algum tipo de poder com esse título. Os contos adoram uma princesa reformada. Já pensou em um futuro assim? — Manipulação. Úrsula a encheria de esperanças e, no momento certo, puxaria o tapete sob seus pés. No final, só uma pessoa sorriria, e seria ela. ⸻ Vamos usar o seu papel, de personagem inventada, como um artifício para algo maior. Você pode mudar seu destino, meu amor. Não deixe que esses sonhos interfiram na sua jornada.
Chame como quiser, mas Úrsula foi uma pessoa, ou o que quer que ela fosse, que conseguiu acalmar Valentina em meio a sua crise interna. Tecnicamente, o coelho deveria ajudá-la, mas ele não era tão bom com as palavras, com a gentileza nada velada ou com os gestos quanto ela. Se sentia seduzida como os marinheiros no mar eram pelas sereias, a diferença é que ela sabia disso e desejava continuar. Estava ciente de maldições mas não acreditava nelas, tinha aprendido sobre os vilões e mesmo assim decidiu dar o benefício da dúvida, mesmo quando ela dava aquelas gargalhadas de arrepiar os pelos de sua nuca. Pelo menos ela sabia disfarçar, diferente da Rainha Má. Sentiu a garganta ficar seca com o toque em sua bochecha, incapaz de desviar o olhar, sentiu que devia acreditar nela. “Sim, estou fazendo tudo direito, como me disse. Mas percebo que tenho mais daqueles, não sei explicar, sonhos realistas? No outro dia eu fui atrás da madrasta da garota. Preciso de mais autocontrole urgente. Ou isso vai ficar bem pior.” Confessou relembrando a péssima escolha. Temia fazer algo e acabar presa, quem cuidaria de Cassie? Não podia deixar que aquilo acontecesse, então aceitaria qualquer ajuda possível, até mesmo de alguém que chamavam de bruxa. “Eu sei, e eu sou grata, pela preocupação e por tentar me ajudar.” E de alguma forma realmente estava grata pela preocupação. Já fazia um bom tempo que uma figura feminina não tinha demonstrado consideração por ela. Apesar de Úrsula não aparentar ser mais velha do que ela, talvez o fator que a fazia baixar a guarda era a semelhança de suas atitudes com sua falecida mãe. Era no que ela escolhia acreditar. “Eu só estou um pouco cansada. Não tenho a mínima intenção de envenenar aquela mulher. Ou de aceitar que passei a vida sendo uma princesa que foi rejeitada. É um destino péssimo, por que raios eu não fui escolhida para ser uma tartaruga? Seria menos pior.”
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ㅤA sugestão de Sofia, com certeza, foi suficiente para que Úrsula rompesse em uma risada estrondosa. Os perdidos eram um deleite para sua diversão. Se haviam conseguido entrar nas histórias, algo de grande havia perturbado a paz da magia que os separava do mundo exterior, comum e ainda mais mundano, onde os humanos não eram nada além de criaturas entediantes e simples demais para os olhos da bruxa. Claro, tirar vantagem de toda a situação era algo que ela buscaria, mas silenciosamente, quando ninguém estivesse olhando. Sofia, por outro lado, era o oposto do que Úrsula imaginou um dia ser. Obstinada, perspicaz, com um tino certeiro para conseguir o que quisesse e da forma que desejasse... exatamente como adorava. De vez em quando, a bruxa dos mares comparava a mais nova consigo. A jovem aprendiz tinha potencial, e se isso fosse definitivo, teria uma carreira brilhante por ali, desde que seguisse seus passos como vilã. Seria um desperdício vê-la no lado mais chato da história. ⸻ Querida, mesmo que tentássemos, isso jamais funcionaria aqui. Não acha que eu já não tentei com esses príncipes meia-boca? Eles cedem, cedem... e depois lembram de suas esposinhas encantadas, em como são apaixonados por elas. Ou, pior, estão forjados para estarem apaixonados. — Para Úrsula, amor verdadeiro não passava de uma fábula. Nunca o havia experimentado, e se fosse para estar cega por uma única pessoa, preferia dispensá-lo. A magia, para ela, era o recurso mais poderoso para manipular, iludir e criar a ilusão perfeita, onde tolos caíam repetidamente nessa falsidade. Voltando sua atenção para Sofia, Úrsula estudou seu comportamento. Pensou em interferir, pois desejava rapidez naquela tarefa. Não podiam ser todos como ela? Tão fácil, tão simples. Definitivamente, Sofia precisava se esforçar mais. Levantando-se, a bruxa se aproximou, os olhos fixos na energia e nas cores que escapavam de sua aprendiz. Após a indagação, Úrsula pegou a pedra e a trouxe para perto do rosto. Primeiro a cheirou, depois concentrou-se para perceber algo que lhe desagradasse. Em seguida, apertou-a com mais força. A magia estava ali, havia funcionado. ⸻ Para ter certeza, quero que a use em alguém, — disse por fim, largando-a despreocupadamente sobre o balcão. ⸻ Príncipes, princesas, outros perdidos... Use como quiser. Se conseguir o tão falado beijo de amor verdadeiro... Pois bem, minha querida, terá feito sua grande entrada no mundo da magia. Tente dos dois lados. Os mocinhos são mais suscetíveis, cedem ao nosso charme sem grande esforço. Ache algum mártir que pense que o amor é uma bobagem. — Como eu, completou mentalmente. ⸻ Alguma outra dúvida?
sabia que sua mentora estava em um dia particularmente ruim e , embora isso não a impressionasse , compreendia que era melhor não desafiar a bruxa mais do que o necessário . não era o medo de desapontar úrsula que a estimulava ; era uma necessidade mais egoísta de garantir que seu lugar no mundo dos perdidos fosse seguro . e , naquele momento , cumprir as exigências de úrsula era uma questão de estratégia . ela viu a pedra preciosa que a bruxa havia destacado e , sem pressa , estendeu a mão para pegá-la . ‘ não quero parecer desrespeitosa ou qualquer coisa assim … ’ comprimiu os lábios , o tom de sua voz era de uma resignação rara . ‘ mas , se o objetivo é simplesmente atrair alguém , não seria mais fácil abrir as pernas ? quer dizer , parece muito mais prático . ’ pelo menos , no seu mundo , essa técnica costumava funcionar . mas levando em consideração que estava em um conto de fadas , onde o amor verdadeiro parecia muito mais poderoso , talvez realmente falhasse . ‘ mas , se é o que você quer , é o que farei . ’ sofia se sentou à mesa , colocando a pedra em frente a ela e começando a folhear o livro de feitiços . embora estivesse irritada com a tarefa , sua mente estava focada em como fazer o feitiço funcionar da melhor maneira possível . ela não podia se dar ao luxo de falhar , especialmente com uma mentora tão temperamental como úrsula . a bourbon repetiu as palavras do feitiço , sua voz firme e clara , enquanto tentava concentrar toda sua vontade na pedra . os dedos de sofia tremiam levemente enquanto a magia começava a pulsar , sentindo uma vibração sutil na pedra que era diferente das tentativas anteriores . isso foi o suficiente para fazer o coração de sofia acelerar com uma mistura de alívio e antecipação . ‘ está funcionando ? ’
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ㅤSem qualquer cerimônia, Úrsula inclinou-se sobre o balcão com um movimento sutil, agarrando cuidadosamente o braço do homem. Havia clientes que ela deixava para seus empregados, e outros a quem fazia questão de atender pessoalmente. Este último caso era raro, pois ela preferia observar o lobby principal de uma pequena sala, por meio de olhos discretamente posicionados nos cantos, imperceptíveis para quem visitava o local. No entanto, a presença misteriosa daquele homem a fez sentir-se tentada a fazer esse pequeno esforço. A história dele havia chegado aos seus ouvidos há algum tempo, e antes que pudesse visitá-lo em seu próprio estabelecimento, a bruxa dos mares foi surpreendida por sua chegada repentina. Diante dessa oportunidade, ela decidiu aproveitá-la ao máximo. Se não fosse para vender uma de suas joias, pelo menos compartilharia um pouco do tempo dele. ⸻ Indicaria algum anel, ou talvez uma pulseira, mesmo que fique escondida sob a roupa. — Provocar era um dom natural para ela. Úrsula deslizou as longas unhas pela pele dele, levantando suavemente a manga do sobretudo que ele usava. ⸻ Ainda assim, acredito que seria um acessório que combinaria perfeitamente com você. — Sem interromper o contato, ela usou a mão livre para vasculhar o mostruário à sua frente. Assim que seus dedos tocaram uma corrente com uma pequena pedra preciosa como pingente, ela sorriu, pegando-a rapidamente e dispondo-a sobre o pulso exposto do homem. A peça era de prata, e a pedra pendente exibia uma mistura de cores – preto, cinza e vermelho. Simples, possivelmente masculina, mas que ainda esbanjava um certo luxo. ⸻ Viu só? Lindo! — Seus olhos voltaram a encontrar os dele, e o desejo de tocar seu rosto surgiu inconscientemente. ⸻ Já disseram a você... — Cordialidades não eram seu forte, mas pareceram adequadas para o momento, ainda que ele não fosse tão velho para merecer tal formalidade. ⸻ O quão belos são seus olhos? Em outros tempos, eu daria tudo para ter o privilégio de observá-los todos os dias. — Seu sorriso era astuto, e ela se inclinou ainda mais, pressionando gentilmente os dedos sobre a pele dele, mantendo o contato. ⸻ Assim como todo o resto. Belo.
Erik ainda não conseguia distinguir o que o tinha compelido a adentrar no lugar. Sabia que a atmosfera era convidativa, pois tinha ouvido alguma conversa nesse sentido enquanto estava no pub durante aquela semana. Mesmo assim, julgava que não se tratava apenas disso. As pernas foram, deliberadamente, da livraria até o estabelecimento de Úrsula, talvez guiadas pela curiosidade do homem, que ansiava por conhecer cada um dos estabelecimentos, ou talvez por alguma necessidade que ainda estava presa no plano do inconsciente. Diante as ofertas e questionamentos da bruxa dos mares, as paredes, joias expostas e todo o restante, era claro que ele havia se perdido. "Um pouco.", concordou no instante em que sua atenção voltou a mulher, o olhar fixo acompanhava a aproximação com alguma estranheza. Erik não costumava aproximar-se de outros, era algo seu. No instante em que a mão recaiu sobre o peito, mesmo que num ato gentil, ele sentiu a eletricidade percorrer o corpo, acompanhada do impulso de se afastar. Tinha problemas com toques inesperados, principalmente sobre o lado queimado do corpo. Engoliu seco, tentando não parecer tão afetado. "Estava curioso para conhecer o lugar. Ouvi uma coisa ou outra, que me deixou intrigado.", replicou, respirando aliviado ao que Úrsula rompeu o contato, tomando distancia outra vez. Em passos lentos, a acompanhou até o balcão do estabelecimento, mantendo uma distancia segura. Os olhos correndo o mostruário enquanto, analisando superficialmente as peças dispostas: relógios, anéis, correntes. Precisava admitir que era tudo realmente exagerado para o seu gosto tão simples e neutro. Mas não deixou que isso o impedisse de ouvir as observações feitas por outrem. Ela parecia ter o entendido, mesmo que fosse na superfície. "Certo. Então o que sugere para alguém que realmente não tem um gosto tão exagerado, quanto a maioria da sua clientela?"
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